INTRODUÇÃO DE: EDIÇÃO COMEMORATIVA – 65 ANOS DA FESTA DO FIGO DE VALINHOS

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Roseli Bernardo Affonso – Graduada em Jornalismo e Relações Públicas, radialista e sócia proprietária da AR2 Comunicação & Eventos, Fernando Luiz de Andrade D´Ávila – Jornalista e radialista e Roberta de Andréa – Graduada em Jornalismo e sócia proprietária da AR2 Comunicação & Eventos.

A história da Festa do Figo está se perdendo! A frase ouvida por diversas vezes nos motivou a reconstruir essa trajetória de homens e mulheres que trabalharam para a projeção da fruticultura e o desenvolvimento harmonioso do município. As informações e os relatos estão dispersos, pioneiros já faleceram, mas como num grande quebra-cabeça fomos juntando as peças e conseguimos através de fotos, depoimentos e intensa pesquisa montar esta história de 65 anos da Festa do Figo. Este foi o grande desafio em resgatar, sintetizar uma vez que são muitas as informações, e relatar em 100 páginas os fatos tão preciosos construídos nos primórdios, quando Valinhos ainda distrito e a fruticultura a grande mola propulsora, propiciou que o município conquistasse riquezas, qualidade de vida e a honrosa denominação de Capital Nacional do Figo.

São seis décadas e meia, sem contar as primeiras festas não oficializadas. A trajetória da Festa do Figo se confunde com a própria vida do município em todos os seus principais momentos. É a força, dedicação e o trabalho do homem do campo, que trazemos nesta revista comemorativa.

A origem desta festa está ligada à religiosidade do seu povo e as primeiras quermesses que aconteceram com a Festa de Santa Cruz e posteriormente ao padroeiro São Sebastião, comemorado em 20 de janeiro, época de grande fartura da colheita do figo.

Se os méritos são do imigrante Lino Busato que plantou as primeiras mudas e as distribuiu para seus vizinhos, a figura central começa com padre Bruno, um sacerdote de fragilidade física, homem de extrema fé e de uma consciência social extraordinária que não se eximiu do assistencialismo, acolhendo os que necessitavam, mas possibilitando que aqueles agricultores, homens rudes acostumado com a lida do campo tivessem novos horizontes. Trabalhava-se muito, mas havia excesso na safra e a comercialização era extremamente precária, dificuldades de transportes, sem contar as doenças como as brocas e as ferrugens. Essa situação incomodava muito o padre que até mesmo participou de estudos no Instituto Agronômico de Campinas e de uma comissão na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, além de promover palestras de engenheiros agrônomos com orientações aos chacareiros que participavam das primeiras festas.

Queremos agradecer a todos que nos ajudaram. Aos patrocinadores que acreditaram no nosso projeto e as pessoas que deram os seus depoimentos e nos auxiliaram na busca das informações, recortes e fotos, para que pudéssemos construir essa história. Trata-se de um trabalho coletivo, bem ao espirito da Festa do Figo onde muitos se uniram na busca do bem comum. Que essa revista seja uma homenagem e o reconhecimento a todos que fizeram e continuam participando ativamente da Festa do Figo esse grande sucesso, orgulho de todos os valinhenses.

Boa leitura e grandes recordações.

Referências:

EDIÇÃO HISTÓRICA EM COMEMORAÇÃO AOS 65 ANOS DA FESTA DO FIGO DE VALINHOS. AR2 Comunicação & Eventos, Valinhos, jan. 2014. 98p.

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