Tudo vai indo…
Sinto que o tempo parou.
O vizinho não canta mais,
Um pássaro colorido
Como nunca tinha visto.
A pandemia chegou,
O trânsito se calou,
Um tempo com meu filho
Como nunca tinha vivido.
O emprego desapareceu,
Somente os pensamentos
A live que se aproximou…
E tudo se acalmou.
A fragilidade existe.
Ninguém acreditou,
Aquele que era doidão,
No fundo tinha razão.
Os dias passam lentos,
Café e olho no olho
Na esperança e sorrindo
De que tudo vai indo.
Imagem: Fotografia da Rodovia José R. Magalhães Teixeira: Marcel Pazinatto. Valinhos, SP, 2020.
Publicação original para a seção “Sensibilidades da Quarentena” do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas (IHGG-Campinas).