INTRODUÇÃO DE: FAMÍLIA TORDIN, 131 ANOS DE HISTÓRIA NO BRASIL

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Maria José Tordin – Pedagoga, Psicopedagoga, Escritora, Pesquisadora e Associada APHV.

Escrever sobre uma família que já se encontra na oitava geração no Brasil, contando desde os mais velhos, Sante e Giustina, realmente não é uma tarefa fácil.
Estudar o passado nos faz mais fortes e determinados a compreender o presente e a projetar o futuro. Isso motivou muito nas pesquisas sobre a família Tordin e nos fez interagir com muitas pessoas; parentes que não conhecíamos bem, outros que conhecíamos, porém não interagíamos, e outros ainda, que recentemente conhecemos, mas que se tornaram presentes valiosos. Todos muito importantes, assim como suas surpreendentes memórias e narrativas.
Cada qual com sua história e inserido no seu mundo, no seu contexto, mas todos juntos fazendo parte de uma mesma trajetória, amealhada por 131 anos de história no Brasil.
A importância dos registros é oferecer para as gerações atuais e deixar para as futuras gerações um presente, um legado, uma história que perpetua no tempo e faz com que tenhamos orgulho de ser quem somos.
Orgulho de nossos antepassados e seu histórico de luta, de valores, determinação e vontade que fica impressa na genética de todos nós, seus descendentes, de forma direta ou indiretamente.
Segundo Bert Hellinger, toda família funciona como uma constelação, todos os seus membros fazem parte de um grande sistema, regido por leis universais, que ele chama Leis do Amor; nesse sistema tudo o que acontece de relevante (dramas, conquistas, sofrimentos e vitórias) é transmitido de uma geração para outra, e forma uma espécie de consciência familiar, de grande alma da família; essa consciência se esforça continuamente para equilibrar o próprio sistema; o equilíbrio é possível através de três dinâmicas fundamentais: o respeito à hierarquia (os mais velhos são maiores que seus descendentes), ao pertencimento (ninguém pode ser excluído do sistema familiar; seu lugar na família é inalienável; sempre que isso acontece há profundos desequilíbrios futuros) e ao dar e receber (todos têm algo para receber do campo familiar, e algo para contribuir; todos têm uma função dentro da família).
Citamos o grande escritor e poeta Guimarães Rosa para elucidar o momento presente.

 

“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim, esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta…
… O que ela quer da gente é coragem”

 

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas

 

Referência:
TORDIN, Maria José. Família Tordin: 131 anos de história no Brasil. Valinhos, SP: Ed. do Autor, 2019.

 

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